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Poesias-->UM NOVO DIA -- 04/11/2008 - 19:48 (Benedito Generoso da Costa) |
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UM NOVO DIA
Minha cota está esgotada
Disse eu a mim mesmo
Numa fria madrugada
Quero mais uma bebida
Esta é para ser marcada
Será paga em qualquer dia
Quando eu sentir alegria
Em uma outra noitada.
Pós beber e pós pagar
Não quero saber de nada
Vou seguir pela calçada
Sozinho a tagarelar
E se eu cair vou levantar
Porque sei que a vida é bela
Vale a pena apostar nela
Até a canela esticar.
Ouço o som do vento frio
Cruzando a ponte do rio
E ao longe o sino badala
É o relógio da matriz
Três batidas dão a hora
Para eu me despedir feliz
À margens dum belo rio...
Eu rio... e a bala estoura.
O relógio de parede da sala
Estrondou à meia noite
Doze badaladas de açoite
Assustado eu caí da cama
E me achei dentro dum caixão
Na tumba sob verdes gramas
Onde pousei com asas de alegria
Para viver um novo dia.
Outro dia é sempre nova dor
Aquela mesma que atormenta
Dia e noite e a toda hora
Desde que se nasce, vive-se e chora
Nos braços de uma bela mulher
Mamãe primeiro, depois outra qualquer,
Como Madalena que cumprimenta
Neste meu despertar no romper da aurora.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benegcosta@yahoo.com.br
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