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Poesias-->2424 -- 17/10/2008 - 20:32 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


É para lá que voam

as pipas perdidas

de todos os meninos

E as folhas destruídas

de todos os livros incendiados

é lá que se guardam



É para lá que corre

este fio de lágrima

que cai, geme, não dorme

E todos os rabiscos

de pássaros no papel

também seguem para lá

e nunca morrem



As correntes de ar

doce, apaziguante,

começam lá

E todas as lembranças

esvaziadas, em paz,

aceitas,lá descansam

Até o grito que tu gritaste,

solitário, desesperado,

aquela tarde,

e ninguém ouviu, está lá



É de lá que partem

os rios velozes de pensamentos

que nos atingem,

á todo instante,

e nos enternecem ou apavoram

É para lá que se reúnem

todos os passos humanos,

as linhas de trens,

os fios de perfumes,

as partituras, os versos,

enxames ,multidões e cardumes



É lá ...É lá...

Onde estão a expressões do meu rosto

quando olhava para minha mãe viva

e quando a olhei morta

E, por deus, nunca me vi !

Porque todos os espelhos

negam-me este meu olhar

puro e profundo



É lá

onde as nuvens

existem atrás do sol

como se isto fosse possível

como se isto possível



MAS É!

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