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Poesias-->Labirinto. -- 17/10/2008 - 15:58 (Ana Zélia da Silva) |
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LABIRINTO
Por Amy Higgins
24 de agosto de 2008.
Neve de pedra derretida na estrada...
Estrada de pedras madrugada a dentro,
Estrada feroz de espinhos e distanciamento,
Estrada de lágrimas e engrandecimento,
Estrada trilhada sozinha sob o sangue dos pés daquele que caminha
Rumo ao triunfo e à liberdade do grande labirinto da saudade.
Eis que murmuram as rosas:
“Vê quão brilhante esta Lua!
Vê, irmã, vê quão vermelha esta rosa,
Vê quão necessário este espinho,
Sem o qual, aprendizado nenhum
Terias neste caminho.
Vê, irmã Princesa, vê quem vem na estrada e sorri!
Ela é tua mãe libertadora, tua alegre e viva professora
Que guia os teus passos para o sol.
Ela é a Senhora da Estrada, Cigana divina e amada,
Tua protetora iluminada a te dizer com dulce gargalhada:
“Filha, chegou a hora de seguir a tua estrada,
Virar tua roda, de deixar pegadas,
De sentir a relva embaixo dos teus pés,
Hora de esquecer todo revés e dele tirar o aprendizado.
Filha, vem e toma tua carruagem,
Vê o sol brilhar sobre a folhagem
De novos tempos que te esperam.
Confia, pois, os girassóis em que se crê prosperam,
E outro destino não seguem além da claridade.
Crê na iluminação e na verdade,
E toma pela mão a liberdade.
És filha minha e te guiarei por toda vida,
Por toda estrada, por toda lida.
Sorri hoje e sorrirás amanhã, filha querida!”
Labirinto nenhum me prende mais,
Agora sou do vento, sou da lua,
Sou da praia, sou da rua,
Sou do mundo e dos meus ancestrais.
Aqui não ficarei muito tempo mais,
Irei para a terra dos meus
Em busca do amor, da liberdade,
Da paz, da luz, da vida e da minha missão.
Em breve deixarei esta terra de eternos “nãos”,
Terra de pedras e murmúrios.
Irei em busca do meu galardão,
Em busca do prêmio da paciência.
E quando este dia chegar,
Darei a ti, Dona da Estrada,
Levada pelo vento a gargalhada
Desta tua filha renascida e libertada.
Teu olho nu que enxerga os ventos e as estradas,
Os estranhos e as estrelas,
Os vermes e os reis,
O
“Encontrei uma cigana na estrada, com um tacho, um lenço e uma flor. Ela disse ”não chores, menina. Ainda vais encontrar teu amor“.
Este poema é de minha filha Amy, está publicado em sua página, mas desapareceu da tela. Para não perder a rota estou publicando no meu. Ana Zélia
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