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Poesias-->Implantes -- 17/09/2008 - 16:24 (Lita Moniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Implantes



A criança que fui não era calma

nem brilhava tanto assim.

Doía-lhe a alma.

Doía-lhe o corpo esbofeteado por

qualquer um.



Quem não é de ninguém que poder tem?

todos se achava no direito de ferir-me o peito,

de cravar fundo lanças e setas, que causavam

dor do tamanho do mundo.



Então os implantes foram chegando: eram

armaduras que fui criando. Não eram tábuas

de salvação, eram escudos de proteção.



O primeiro a chegar foi o medo que me

ensinou a escapar do mal que me andava a

rodear. Então o medo era o segredo que me

ajudava a fugir antes que alguém me viesse ferir.



O medo criança cresceu em mim. Hoje percebo

que o escudo de proteção era também o escudo

de perdição.



O medo de tudo que em mim existia não permitia

que o amor, a bondade ou sabedoria fossem mais

fortes que o medo que sentia.



Lita Moniz





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