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 | Poesias-->TER VIDA PRÓPRIA -- 04/08/2008 - 09:34 (João Ferreira)  | 
	
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TER VIDA PRÓPRIA
  Jan Muá
  4 de agosto de 2008
 
 
 
 
 
 
  Massa é multidão
  A massa não vive
  Porque não escolhe
  Não vive porque não sente nem vê
  Porque caminha pelas estradas comuns
  Por onde todos passam
  Alinha pelo espírito do outro
  Virando elemento de manobra
  Só tem cultura obtusa de grupo
  Não tem rosto individual
  Nem esquina própria
  Nem direito de acolher com prazer
  Um raiozinho de sol que melhore seu sorriso
  Não sabe o que é o romantismo do canto de um canarinho 
  Não conhece horizontes
  Nem o nascer nem o pôr-do-sol
  Nem a poesia que se desprende da vida vivida com liberdade
  Seu cooper é coletivo
  Não tem ritmo pessoal
  Não pode escolher nem a cor do feijão
  Que come
  Feijão preto ou feijão carioca não está na sua escolha
  A mesa é coletiva
  Entre grandes e pequenos
  Tem de caminhar em fila esperar parar
  E recomeçar
  Não pode ter alma própria
  Sensitiva
  Inteletiva
  Volitiva
  Só alma vegetativa
  De consumidor
  Digerindo causas ronceiras
  Formais
  Arrastadas
  Deixando perder aos poucos 
  O élan vital com que nasceu
  Ser massa é ser macarrão
  O destino da massa é ser consumida
  Digerida pelo destino impessoal
  Com molho ou não
  À bolonhesa ou à  francesa...
  Bem ao contrário disso
  O ser  humano tem que virar gente
  Assumindo comportamentos diferentes
  Decida você por isso ser gente de verdade
  Para não cansar o coração 
  E não morrer de tédio ou de inanição
  Não queira ser brutinho como pedra perdida na montanha
  Descubra o que é ser passarinho  livre
  E feliz
  Voando nos espaços de seu habitat
  Deixe-se sensibilizar e educar
  Pela vida alegre de uma criança
  E torne adulta e própria sua vida
  Invente saia caminhe
  Aprenda da natureza
  Pule nas águas da cachoeira
  E  crie  seus horizontes próprios
  Para ter chance de provar a hiper-natureza da água pura do seu ribeirão!
 
 
 
 
  Jan Muá
  4 de agosto de 2008  |  
 
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