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Poesias-->ATRIBULADA -- 22/04/2008 - 20:36 (Cristina Ancona Lopez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vou passando pelos pedaços da minha própria vida, sem me deter para percebê-los.

Pulo etapas, não me fixo em sensações, escapam-me sentimentos.

Vou levada pelos acontecimentos, obrigações e necessidades pulando obstáculos, atravessando intempéries.

Sigo sem ver e, por não ver, sigo como quem não vai mas é conduzido.

Por não ter quem me conduza abandono-me ao vento e sigo, incansável, sem análise ou temor.

Apenas vou. Como quem deve ir e não pode estancar as atribulações.

Como quem, por ter começado, não pode parar.



Tita

28/03/08



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