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Poesias-->PÂNICO -- 15/04/2008 - 19:26 (Cristina Ancona Lopez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tinha certeza de que estava ali. Mas não o encontrava. Como pode uma coisa desaparecer assim, apenas com um rápido desvio do olhar?

Olhou embaixo da mesa. Não estava ali. Pensou que o melhor seria esquecer-se do papel por algum tempo. Recostou-se na cadeira e olhou novamente sobre a mesa. O papel estava lá.

Impossível.

Tinha certeza de que não estava ali há alguns minutos atrás.

Ultimamente vinham se repetindo acontecimentos como este.

Estava bastante apreensivo quanto a isto.

Há duas semanas, quando saíra do banho, a toalha não estava sobre a pia e ele nunca deixava de colocar a toalha sobre a pia ao entrar no banho. Saira do banho e fora, molhado, procurar a toalha no quarto. Nada. Voltara ao banheiro e lá estava a toalha sobre a pia.

Algo muito estranho estava acontecendo. Se contasse a alguém, poderiam concluir que algo terrível sucedia a ele. Tinha que descobrir sozinho o que se passava pois tinha a certeza de que não era com ele que havia algo errado.

Passou a prestar atenção a tudo. Cada mínimo movimento seu ou ao seu redor.

O inesperado continuava acontecendo. Novamente objetos que mudavam de lugar.

Resolveu então anotar. Comprou um bloco e anotava tudo o que fazia e o lugar em que colocara cada objeto.

Naquele fim de tarde, ao sair do banho, notou que a toalha, novamente, não estava em cima da pia.

Pegou seu bloquinho e leu: “coloquei a toalha sobre o bidê”.

Assustou-se.

Era ele!

Era ele que não se lembrava o que tinha feito minutos antes!

Era ele!

Aterrorizado correu, sem roupas pela casa deserta: quero minha sanidade de volta, quero minha sanidade de volta. Controlou-se, parou, respirou fundo.

Calmamente voltou ao banheiro e procurou a toalha sobre o bidê. Não estava lá.

Foi ao armário, pegou uma toalha limpa e voltou ao banheiro. Amarrou-se, a ele e à toalha, no pé do bidê. E dali não mais saiu.



Tita

01/06/2007

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