LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->O FRIO DA MORTE -- 29/05/2008 - 15:31 (Benedito Generoso da Costa) |
|
|
| |
O FRIO DA MORTE
O frio da morte é o nó do problema
Para o vivente em sua existência...
Cruz, Cimitarra, ou outro emblema,
A clamar aos céus compaixão e clemência.
Para o vivente em sua existência,
O pranto é a herança desde o nascer
A clamar aos céus compaixão e clemência,
Que o deixe ao menos sorrindo morrer.
O pranto é a herança desde o nascer
Suplica o homem, pecador ou santo,
Que o deixe ao menos sorrindo morrer
Pois na jornada jorrou o seu pranto.
Suplica o homem, pecador ou santo,
Despede-se ele, cego, surdo e mudo,
Pois na jornada jorrou o seu pranto,
Em vão falou, viu e ouviu de tudo.
Despede-se ele, cego, surdo e mudo,
Ao sentir vacilar seus pés nos trilhos,
Em vão falou, viu e ouviu de tudo,
Das velhas canções, tristes estribilhos.
Ao sentir vacilar seus pés nos trilhos,
Também testemunha o maior segredo
Das velhas canções, tristes estribilhos,
E por se achar tão só, chora de medo.
Também testemunha o maior segredo
Qual mau pastor com cara de pau,
E por se achar tão só, chora de medo,
Ao ver no aprisco o seu lobo mau.
Qual mau pastor com cara de pau,
A pobre ovelha no inverno tosquia,
Ao ver no aprisco o seu lobo mau,
Teme o frio que vem no final do dia.
A pobre ovelha no inverno tosquia
O mercenário que não é pastor;
Teme o frio que vem no final do dia,
Da lã roubada faz seu cobertor.
O mercenário que não é pastor
Ostentou o cajado como emblema,
Da lã roubada fez seu cobertor,
O frio da morte agora é seu problema.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benegcosta@yahoo.com.br
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS
|
|