Deixa que eu receba
os frutos da colheita
que vêm de ti,
lavrador dos sonhos
pastor de estrelas.
Que venham
como as manhãs,
orvalhadas de sombra
e de silêncio,
com uma vaga fragrância
de solidão,
e um áspero
sabor dos ventos.
Deixa que tragam
a memória indecifrada,,
junto a fragmentos
de outros sóis,
para alumbrar
a minha alma
exilada.
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