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Poesias-->1297 -- 04/05/2008 - 17:45 (maria da graça ferraz) |
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poema horário de verão
mdagraça ferraz
gracias a la vida
Ao pé da árvore
a ponta afiada da luz
agarra o chão
retarda a morte
debate-se , contorce,
como o último verso
da última estrofe
de um poema que sofre
Cai a tarde. Logo é noite.
Cala-te.
O galo procura
um esconderijo
As coisas retraem-se
à um volume mínimo
pouco a pouco
Tudo clama, deseja, precisa
ser esquecido
É quase noite. Cala-te.
Marca um "x"
no calendário
como quem prega
com alfinete um pássaro
de arribação
que se confundiu
com o fuso horário
Lá fora, tu sabes
Gira o mundo
em suas loucas voltas roucas
imune ás horas
Cala-te
Arruma a cama
Acerta o relógio
Coma um chocolate branco
E sonhe uma "lógica"
E, por favor, atrasa-te
É tarde
Cai a noite ainda
Cala-te
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