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Poesias-->1152 -- 04/05/2008 - 17:34 (maria da graça ferraz) |
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POEMA
MDAGRAÇA FERRAZ
GRACIAS A LA VIDA
Eu conheço demais o mundo
Conheço, profundamente, a dor
de cada um que atravessa esta esquina
Aquela mulher imunda, saia curta,
cinta liga, andar com pressa, na rua,
sou eu. A outra mulher , em luto,
cujo rosto vislumbro à vidraça,
sou eu. Todas estas mulheres
claras e escuras, que passam,
sou eu. Todas elas são a Graça.
Eu conheço a dor de tudo
que aqui cai e permanece,
imemoriado. Tudo que nasce,
morre, cresce, nasce,
infinitamente, sou eu
Aquele homem parado, olhar furtivo,
na praça, sou eu. O homem que olha
para baixo, do andar mais alto
do edifício alto, sou eu
Eu conheço todos desta cidade
desalmada.Seus sonhos mais bonitos.
Suas ilusões desesperadas.
Seus enganos. Seus pecados.
A promessa do amor que perseguem
A luta sequiosa pela felicidade
Seus soluços. Seus passos.
O vazio de todos. O poço.
A coisa rôta. A desgraça, conheço! Ó Meu Deus!
E, tu convidas-me para sair de casa?
E ir para onde que eu já não esteja?
E falar com quem que não seja eu mesma?
E escutar todos os barulhos de meu peito
batendo em todos os muros
quais tambores ruidosos,
tentando , inutilmente, vencer o escuro?
Deixa-me aqui
tentando acertar um SOL
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