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 | Poesias-->MÃE  ( II ) -- 01/05/2008 - 23:14 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |  |  |  |  |  |
 | MÃE ( II ) 
 
 
 MÃE II
 
 
 
 Provavelmente, daqui para a frente
 
 Saberás a dor
 
 De quem disse Não.
 
 Saberás do Sim; o peso e o deleite,
 
 a insegurança,
 
 de novo o medo,
 
 de novo a dúvida.
 
 
 
 
 
 Mas agora, o duvidoso é enorme.
 
 Saber se é certo, se vai ser ruim,
 
 Se não vai ser...Como saber?
 
 Nas mãos que tremem, um outro alguém.
 
 
 
 Não mais importa “quem é você”.
 
 Você é você – e mais alguém.
 
 E neste satélite, neste micro;
 
 nesta minúscula parte de ti
 
 Há já desenhado –caixinha de genes-
 
 Um homem, ou uma mulher.
 
 
 
 Não importa tanto o que te importava.
 
 Mudou teu chão. Mudou o espelho.
 
 O mundo inteiro parece outro:
 
 Mudou o mundo,
 
 Mudou também.
 
 
 
 Poderia ser Não,
 
 Mas desta vez, dissestes Sim.
 
 E dizer sim,
 
 É apaixonante,
 
 É embriagante,
 
 É cansativo...
 
 Como todo planeta onde mora o amor:
 
 
 
 Vai cansar-te um dia, e continuarás.
 
 Vai ferir teu peito,
 
 E te morderás,
 
 Vai te dar orgulho,
 
 Emocionar-te
 
 E te despertar.
 
 Vai te transformar.
 
 
 
 Como borboleta
 
 Que era casulo.
 
 Nenhuma delas, poderia não ser.
 
 E desta vez, viraste Mãe.
 
 
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