LEGENDAS |
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Poesias-->CINZAS -- 08/03/2000 - 11:35 (sileimann kalil botelho) |
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CINZAS
Por S.K.Botelho
Já é tarde, querida, muito tarde
Pra reacender a chama que existiu.
Sob estas cinzas frias já não arde
A lava de um vulcão que se extingüiu.
Foi-se de vez, serena, sem alarde
Como um raio de sol que se encobriu
Atrás dos montes, ao cair da tarde,
E só as sombras sabem que partiu.
É o destino fatal das coisas vivas:
Que se esfumem no tempo, sejam breves,
Frágeis, fugazes e, ao tempo, tão cativas.
Não há porque chorá-las. O esquecimento
É o remédio maior que as torna leves
E nos salva da dor, do sofrimento.
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