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 | Poesias-->eternamente à procura -- 26/04/2008 - 12:46 (António Torre da Guia)  | 
	
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logo que em silêncio exprima
  à vida a última rima
  que jamais escutarei,
  talvez alguém vá por mim
  sentir para além do fim
  os fados que prepassei.
 
 
  talvez o cais que sonhei
  e em vão um dia alcancei
  fosse apenas ilusão
  entre os biliões de cais
  no mundo dos ideais
  que sucumbem de exaustão.
 
 
  talvez o sim e o não
  que usei, gesto em razão,
  não passassem de loucura
  que ora bem e ora mal
  ambos andam afinal
  eternamente à procura.
 
 
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