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Poesias-->VELHA RAPARIGA -- 07/03/2000 - 16:29 (Marvione Macêdo) |
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A boca marcada
pelo batom vermelho
sinal único de colorido
no rosto enrugado
pelo tempo ou sofrimento
senão fragmentado pela dor
da descrença
no inteiro universo
seu conhecido.
Trôpega pelo cansaço
a velha rapariga
caminha sem destino
ora na esquina
no beco escuro
entrega seu corpo
sem alma
a qualquer desconhecido
que viola o poema
rasgando o amor
ou mesmo apedrejando
a vida.
Sem sonho
retorna trêmula
à solitária morada
e no catre malcheiroso
deposita seu último suspiro.
Adeus, velha rapariga!...
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