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Poesias-->Pega Bonde,Larga Bonde -- 20/02/2001 - 06:15 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bato pé,

bato canela,

moelo os pobres,

canso dos ricos,

bato pé,

arredo medos,

mas chegando de perto

é tudo azedo!

Não por ser assim,

asssim seria fácil,

difícil é não ser

tão indiferente

diante das coisas

que chegam e vão

e diante das coisas

que resolveram ficar

prá sempre:

a contra-pé, a contra-gosto!

Difícil é isso. Coisas de capitão!

Tenho um pé de limão,

dois bruços de deitado,

farinha de rosca,

aguardente caseiro,

mas tudo em vão.

Se sou assim,

só me arrependo do vozerio

pois nada mais compreendo.

Se fui criado aprendendo,

cresci sem entender,

nem qualquer sensação

até como se faz o pão!

que bordeia meu quintal,

que me faz sonhar igual alemão!

Já não sei entender

as coisas,

como um bordão

clareado. Me chovem

perguntas

e só obtenho argutos

e rarefeitos perdões.

Não foi sempre que fui

assim: sério, indisposto,

e sempre perguntando

se existe outra parte de mim.

Se existe deve estar

tão próxima que não vejo.;

se existe, dorme comigo

e nem sequer almejo.

Parte de mim se perdeu

nesta confusão que todo

mundo faz:

pega bonde,larga bonde.

Eu procuro a paz.

Mas já dei procuração

de anseios a todos sentinelas.

- Aqueles que cantam vinténs

sob minha janela, procurando a paz.

Mas que paz !

Paz não existe.

E se existisse todo

mundo tava querendo

emprestado.

Hoje, cansado e insone

só vejo as coisas passarem.

Mas só me prende uma pergunta:

porquê, porque sou de campos

magros

sozinho e árido?

Mas essa música eu

já conheço:

é prá fazer criança

grande dormir

sem alento!





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