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| Poesias-->Maria -- 19/02/2001 - 08:44 (José Ernesto Kappel) |
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Não volto mais,
não posso voltar
mais
prá mim.
Se te quero,
a ti me entrego,
se te anseio
a ti permeio.
Sou homem de palavra
e sem medidas,
paixão prá mim
não tem nada de comedida:
é rosada e sem fim!
Sou forte,
mas fraquejo nas
saias delas,
debruço sob seu olhar
cheio de meigos
e muitos dizeres.
Sou forte, mas
não sou tanto
espartano!
Às vezes, cabrocho
meu coração, e me perco
sem arrocho,
nos lábios delas.
Seu nome é Maria.
Maria da vida,
de duas ou três,
- já nem sei mais contar -,
mas que me importa?
Agora que o mundo cão
levou Maria prá seus mundos
e me deixou em vão?
Lá pelo menos ela tem
três ou quatro canibais
- como uma
carrilha de trens iguais!
Eu, sozinho, do outro lado
da esperança, só digo:
Mariazinha, um dia, seja
que tempo for,
vou tirar você de mansinho
prá morar comigo,
na casa de meus três corações
onde, à noite,
vem o cordel e entoa canções.
Um dia, vai ver,
trago você prá mim
prá moer trigo,
ou vagar de estrelas.
Agora, numa terra de pálidos,
de poucos amigos, eu não fico!
Prá esquecer Mariazinha
doce fruta de todos
os homens
é tarefa difícil,
coisa de mágico,
mas dela não desgrudo
mesmo se a morte mandar
três palmos de terra
prá provar, ela só,
já sem ervas!
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