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 | Poesias-->Lavagem Cerebral -- 07/01/2008 - 16:26 (Rose de Castro)  | 
	
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LAVAGEM CEREBRAL
   
   
  Um dia abri a janela 
  E vi que eu não era mais eu 
  Era meu corpo, com certeza 
  Mas a essência se perdeu 
  O coração batia diferente 
  Forte e resistente 
  Mas completamente mudo 
  Quis chorar 
  Mas como um criado mudo 
  Eu não era eu mais eu 
  Na mesma janela 
  Tentei encontrar meu beija-flor preferido 
  Um que tinha asas de menino 
  Que coisa estranha 
  Ele apareceu de surpresa 
  Mas nada tinha de pequenino 
  Tinha asas maiores e já conseguia 
  Beijar qualquer flor 
  Maior e mais ligeiro 
  Foi embora sem importar comigo 
  Que não sei quem sou 
  O que aconteceu nesta janela 
  Que também não é mais ela? 
  O que aconteceu comigo 
  Que não tenho o peito aflito? 
  Que não tenho emoções poéticas 
  Que não sorrio para o sol 
  Que esqueci do futebol 
  Inativa estou 
  Seria lavagem cerebral 
  Ou um coágulo mental? 
  Só sei que eu na janela 
  Não me pareço mais com a donzela 
  Que catava caquinhos de pedras 
  Pra enfeitar em volta das plantas com terra 
  E acordava cantando melodias 
  Enquanto saboreava minhas fantasias 
  Ouvia o vizinho gritando: 
  Vai lavar panelas!!! 
  O que aconteceu afinal 
  Alguém me responda! 
  Não sinto nem desespero 
  Não sinto nenhuma forma de apego 
  Sou um nada desigual 
  Esta mulher não sou eu 
  Deve ser um clone da original 
   
  Onde estão as margaridas amarelas? 
   
  Rose de Castro 
  A ‘POETA’ 
   
 
 
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