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Poesias-->FARDO DO FIM -- 05/01/2008 - 10:55 (Cheila Fernanda Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vê?

É só cansaço!

A voz possante e decidida

Enrouquecida está.

Nada mais comanda

Desmanda-se.

Os olhos matreiros, espertos e vivos

Mortos estão

Para a luz da vida.

Os braços de conquista

Derrearam-se ao longo do corpo

Não buscam outros braços

Encolheram-se em rugas

Ficando a pele baça.

O corpo todo murchou

Perdeu seu norte

Norteia-se por outro

Noite após noite de pouco sono

Dia após dia de longas horas...

E as palavras?

Fogem afoitas

Criam asas

Deixando a fala vazia

Falindo a comunicação.

As palavras que não fogem

Perdem-se em volteios

Virando um sentido pouco

Poucas sentinelas fiéis

De um tempo de voluptuosa verborragia.

Na cabeça curvada e branca

O branco cobriu tudo:

Os dias claros e os escuros

Os sentimentos claros e os escusos

As pessoas amadas e as odiadas

As caminhadas mansas e as pesadas.

O branco escureceu tudo...

A vida virou fardo

Vestindo farda um número menor

Sem autorização de ser arrancada

Antes da hora marcada.

Vê?

Vem vindo o fim...



(Escrito em 89, com dor profunda por meu avô)

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