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Poesias-->SÓ ISSO -- 02/01/2008 - 14:19 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SÓ ISSO

Lílian Maial





Isso que eu sinto, de olhar as coisas,

de apenas sentir a brisa

e não querer atribuir-lhe o que não é,

de ser grata que a brisa seja apenas brisa

e não a metáfora rota de um passarinho.

Isso que eu tenho, de perceber que a espuma

do mar é só espuma

e não um portal de energia cósmica confluente

e, mesmo assim, gostar de deixar que me lamba os pés.

Isso que eu dou, quando sinto amor,

e que nunca deixo de ter no colo,

essa ternura de um sorriso de intimidade com o amor do outro.

Isso que eu supunha existir, uma verdade absoluta de dentro do espírito,

uma transparência de água límpida,

um brilho exultante de um ser humano que penetra o vazio

e o preenche.

Isso que eu vejo, de não me curvar no meu íntimo,

mesmo que todos os poros cantem uma canção diferente,

ainda que meu corpo todo aparente aceitar o cabresto,

enquanto eu e a outra eu confabulamos, às gargalhadas,

a maneira mais marota de transgredir

e a menos dolorosa de queimar na fogueira.

Isso que eu passo, de viver sob rígidas regras,

de me sacrificar pelo que é certo,

de abrir mão de qualquer coisa,

e que muito poucos percebem o quanto me divirto em ser assim.

Isso tudo é quase nada,

e se desfaz com a outra face que não dei

e, apesar disso, um pouco mais cansada e ferida,

ainda posso ter a brisa e sentir-lhe o sopro,

ainda corro atrás da espuma e rio com o mar,

ainda transbordo um amor intenso e puro,

e me inundo de uma alegria súbita a qualquer momento,

e brilho noite e dia,

feito vaga-lume atrapalhado,

que se pensa iluminado só à noite,

mas que não tem hora de apagar.



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