Âncoras (Poema): “Mesmo que eu morra/Mesmo que eu vença/Jamais termina o meu caminhar(...)/Mesmo que eu pire/Mesmo que eu continue aleijado por dentro/Jamais termina o meu caminhar/Mesmo que eu lance âncoras, limpe gavetas, seja ao mesmo tempo joio e trigo/Jamais termina o meu caminhar(...)/Esse é o destino-albatroz de todos os poetas condenados a existir/Purgando seus pecados letrais em subterrâneos da alma/Assim eu compreendo a minha sina/Morrer, Florir, Chorar, Escrever (sob o pântano da condição humana)/Jamais termina o meu caminhar(...)Árvore de livros, minhas páginas de lágrimas/Banzos; o desterro de um distante lugar/Vou perolizando meu lastro até a ferrugem do fio terra nesse peregrinar. (Silas Correa Leite)