Usina de Letras
Usina de Letras
28 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63514 )
Cartas ( 21356)
Contos (13309)
Cordel (10366)
Crônicas (22590)
Discursos (3250)
Ensaios - (10778)
Erótico (13603)
Frases (52004)
Humor (20212)
Infantil (5651)
Infanto Juvenil (5009)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141406)
Redação (3380)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2445)
Textos Jurídicos (1975)
Textos Religiosos/Sermões (6396)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->a porta -- 04/11/2007 - 19:00 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A porta de casa

era, em si mesma, um espaço



Pesada, larga,

com teias de aranha,

minúsculas, ao alto,

que se recompunham

com velocidade maior

que qualquer vassoura

A maçaneta esférica

era de ferro e resplandecia

ígnea loura os mistérios



Não havia fechadura

nem tranca nem tramelas

A porta era cega e muda

ilesa à fúria de qualquer chave

ainda que minúscula

E quem ali chegava

logo se perguntava

onde ficava a porta desta porta



Sobre a madeira velha

mistura de cedro, pinheiro,

carvalho, tuia, seixos,

os golpes de machados

tratados com limo

regeneravam a seiva

as vagens os ninhos



A porta de casa

Sempre a atravesso

sobre as jangadas

voadoras de versos

E, ao alto,

percebo, que não há paredes,

nem quartos, nem mobiliário,

apenas uma porta

Diante dela,

a solitária gente violenta,

presa ao tempo,

balançando os vermelhos,

e a porta inalterável

em seu eterno movimento indiferente

a entretê-los,

no vaivém, asas de vento

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui