Usina de Letras
Usina de Letras
15 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63262 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10693)
Erótico (13594)
Frases (51783)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4954)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141322)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6358)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->1003 -- 04/11/2007 - 18:45 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
poema 1003

mdagraça ferraz

"gracias a la vida"



Nasci pequena,

feinha, morena,

e na alvíssima família,

gente como eu

termina no canto -

tipo de precipício bondoso,

com escora



E quem cresce no canto

ganha uma vertigem,

a noção artística

de profundidade

nos planos que se inclinam-

a sabedoria de tudo

que se entrega,

o movimento

sutil da roda cega

que se desliza por dentro

cavando caminhos



Quem sobrevive nos cantos,

conhece o osso das coisas,

a coisa moída, a raspa,

a coisa maltratada, a lata,

a joça, a casca, conhece,

as coisas perdidas,

destruídas, regurgitadas

que não foram compreendidas,

conhece as porcarias,

as coisas, conhece conhece

o pó do amor



E a partir daí, no canto, escrevi

Vesti tudo que tinha

Dei-lhe boca, nariz,

voz, gesto, um giro,

um pouco da alegria do "mim"

Pois

Tudo que eles condenaram

á morte, ao canto, ao êrmo,

eu punha para renascer de novo,

embaláva-lhes o berço

Construí, menina,

palcos, bonecos, presépios

Daí menina foi-me fácil ser médica

Como dizem : " uma boa médica"

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui