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Poesias-->A MORTE DO PASSADO -- 22/10/2007 - 05:42 (Rosimeire Leal da Motta) |
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Uma casa em estilo colonial
telhado marrom escuro, paredes brancas,
janelas e portas azuis.
Na entrada da moradia uma escada de granito.
No primeiro degrau, olhando para baixo
estava uma senhora.
Observava seriamente o visitante recém-chegado.
O seu passado tocou a campainha e aguardava.
Ela hesitava em descer e abraçar este seu velho conhecido.
Não se atrevia a dizer-lhe que se aproximasse.
O fitava nos olhos, não se envergonhava dele.
Ele, silencioso, desfilava diante dela situações marcantes,
a conduziu a uma viagem interior
a levando ora ao sorriso, ora as lágrimas.
Trouxe todas as malas, veio para ficar.
Ela afastou-se dois passos.
Como um fantasma ele foi subindo lentamente.
Ela continuou a andar para trás sem se voltar
e subitamente gritou:
__ “Pare! Você não tem controle sobre mim!”
E o empurrou escada abaixo.
O passado se partiu em mil fragmentos.
O vento espalhou várias partes por todos os lados.
Choveu, molhando e apagando seus rastros.
A senhora triunfante abriu a porta
e a fechou com estrondo atrás de si.
O passado recuou na linha do tempo,
retornando a época a qual pertencia...
© Rosimeire Leal da Motta.
OBS.: Esta poesia faz parte do livro:
"Voz da Alma" – Autora: Rosimeire Leal da Motta
Editora CBJE - RJ - Novembro/ 2005 - Poesia e Prosa.
Página Pessoal: http://br.geocities.com/rosimeire_lm/ |
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