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Poesias-->auto-retrato -- 08/10/2007 - 16:36 (julio saraiva) |
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só por acumular erros antigos
já nem dou conta que a velhice é fato
ao longe avisto amadas e amigos
todos sorrindo no mesmo retrato
não temo a morte nem temo castigos
vou procurando manter-me sensato
planto maçãs onde nasciam figos
se hoje ressuscito amanhã me mato
torto é meu andar como este soneto
pouco se me dá se é de pé-quebrado
a linha reta transformei em arco
não quero regras nem branco no preto
sou absoluto não troco de lado
navego só por conta do meu barco |
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