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Poesias-->Receita -- 14/02/2001 - 15:48 (Magno Antonio Correia de Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A boa poesia é inútil.

Não soma.

Não subtrai.

Não multiplica.

Não divide.

Não vira de cabeça pra baixo

o sonho tolo

dos estúpidos.

Não diz a que veio.

Permanece impassível

em meio ao tumulto.

E silencia.

Emudece.

Cala-se.

Protege de forma indelével

o muro alto

do silêncio.

Esconde-se abaixo do tapete

quando se aproximam

as borboletas angustiadas

do infinito.

Possui um certo ar másculo

embora se saiba frágil

e poesia.

Turva-se.

Se curva.

Aprofunda-se.

Enxerga com desdém

o olhar envergonhado

do poeta.

Dorme o sono justo

da melancolia.

Treme.

Vacila.

Hesita.

Acaba.

E não recomeça

senão num momento

inoportuno.

Desmente se a dizem perdida

mas não há como negar-lhe

uma vocação irrefreável

para o promíscuo.

Tomba.

Se mata.

Parte-se em trinta e dois pedaços

inseparáveis.







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