Nas tardes vazias
Quando olhares o horizonte
E nesta mansidão um pássaro cantar
Irás lembrar...
Quando te deitares
E a memória física
Que o desejo, insistente cria,
Flamejante te procurar
Irás lembrar...
E ao buscares meu gosto
Em outras bocas,
Terás a saudade desesperadora,
Louca a te devorar, então
Irás lembrar...
Uma lágrima tímida
Que do teu coração se desgarrar
Ao ouvir o meu nome, uma canção,
Irá brotar...
E de repente o teu castelo
Feito de enganos e amores
Não suportará as dores
Que te fizeram chorar e
Irá desmoronar...
Mas nos escombros terás a
A alma reerguida, fecharás
as feridas que te fizeram
Sangrar e novamente
Irás amar...
E por fim, quando o meu nome
Em pensamento não te alcançar
E a lembrança dos meus toques
Não te fizer mais sofrer
Irás me esquecer...
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