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Poesias-->Quando um homem chora -- 15/07/2007 - 11:39 (Silvio Guerini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Chora no gol da seleção

na hora do hino

com nó apertado de emoção

chora de raiva quando perde

na desilusão

chora no escuro do cinema

na hora do beijo

quando na trama... num dilema

o mocinho, no seu mais elevado ensejo

morre no final

chora na dor da morte

hora fatal

pelo amigo que partiu

chora sua falta de sorte

pela ferida que se abriu

chora na canção que lhe emociona

que solta a lágrima... que arrepia

no timbre da voz do cantor

que destila em versos sua poesia

chora na visão do filho que afaga

no abraço amoroso que recebe

que nenhum dinheiro do mundo paga

chora contente... feliz

na folia do seu cão

que no latido lhe diz

quando lambe sua mão

como é justa essa amizade

chora quando sua alma aprisionam

quando lhe algemam a vontade

nas encruzilhadas da vida

nos vícios que lhe condicionam

dos quais não consegue fugir

chora com medo de injeção

dissimulando a lágrima

por tamanho papelão

chora escondido num canto

com medo da solidão

chora no pavor do espanto

quando não consegue amar uma vez

chora pelo terror da idéia

de que quem sabe... talvez

isso vire rotina

chora quando vê o amigo

num desespero que desatina

perdido na sua dor

como se fosse um castigo

não ser dela o redentor

chora feito criança

sozinho num canto

quando perde a esperança

quando acha o desencanto

chora indignado quando cede

quando se faz de idiota

quando a razão se escafede

se afoga na própria fraqueza

e joga fora uma nota

comprando amor... que tristeza!

chora impotente

com sentimento de raiva inconfesso

quando vê no jornal impresso

tanta maldade.. por demais indecente

quanta barbaridade

que lhe faz indiferente

chora no frio da traição

feito faca no peito fincada

que se escancara na desilusão

do amigo... da mulher amada

por quem tinha afeto... afeição

e que o fez cair na cilada

mas chora sobretudo

quando vê no olhar de quem ama

que uma chama se apagou

que aquela luz que seu olhar tanto clama

virou cinzas... terminou

e aí... chora...

chora tanto

que se encharca no próprio pranto

amargura que seu eu devora

e aí chora...

chora de pura dor

pelas mazelas que fez do amor

só lembranças de um outrora

e aí... chora...

chora pela paixão

pelo buraco que restou no coração

mas agora...

quando um homem realmente chora

não é só do tormento que lhe veste

ou do prazer que lhe aflora

nem de um espinho que o moleste

mas é um grito do coração que lhe aperta

da alma que lhe implora

quando um homem... enfim... chora

é salvo pela lágrima que o liberta





Silvio Guerini

08 de maio de 2007

guerinis@uol.com.br

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