Usina de Letras
Usina de Letras
23 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63686 )
Cartas ( 21373)
Contos (13317)
Cordel (10371)
Crônicas (22594)
Discursos (3253)
Ensaios - (10820)
Erótico (13604)
Frases (52141)
Humor (20224)
Infantil (5677)
Infanto Juvenil (5038)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1388)
Poesias (141136)
Redação (3385)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1980)
Textos Religiosos/Sermões (6422)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->poema branco 57 -- 08/07/2007 - 18:41 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos










A gravura da enfermeira

com o dedo na boca

cortáva-a em duas

A palavra era proibida

quando em luta

entre a morte e a vida



E por onde eu ia no hospital,

as paredes seguiam-me

com a advertência:

Silêncio. Silêncio.

Foi quando comecei

a ouvir o som do deserto,

passos na areia,

caravanas perdidas

Calada. Calada.

Mão na garganta

Eu ouvia o clamor

dos mundos soterrados

e esquecidos

E tudo ecoava,

insuportavelmente, ecoava,

em meio ao silêncio,

dentro do meu peito



Às vezes um canto

de pássaro fustigava

a memória

Devolvía-me uma letra

E eu vagava, branca,

silente, como uma morta

em busca do esquecimento

completo, dividida em sílabas









Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui