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Poesias-->resposta 2 -- 08/07/2007 - 18:37 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos










Ali, em meio,

ao aço, ao alumínio, às pedras,

ao espanto da carne,

às mudas bocas abertas,

caladas à força,

sem palavras,

ainda se ouve o ruído da queda



Um ruído que soa

e se move

Não passa!



Ali, onde a lira

está estragada

e não há ninguém

para consertá-la,

o afinador de violinos

sequestrou a soprano

no quinto ato da ária

Ali, em meio à grande avenida,

aos gestos de ameaça,

e às coisas que sofrem ferrugem,

seres vagam a esmo, meras carcaças,

abaixo de nuvens plúmbeas carregadas

de chuva ácida



Ali, onde nada vibra

Não há mais eco

nem ressonãncia

Esclerose completa de asas!



Ali, onde anunciaram a morte de DEUS,

o super-homem caiu

O céu está esvaziado!

Observem...Observem...o céu

está vazio!

Ali, onde o peito

é fechado por armadura de teflon

sem carinho, sem trato

Onde a tragédia

é notícia principal

a verdura é modificada

a carne é vegetal

Nada é o que parece

O lixo é lixo

reciclado

Lixo estéril! Caritativo! Bom lixo! Lixo limpo! BENDITO!



Ali, um ilusionista qualquer,

um mulambo, um analfabeto,

fez-se rei do povaréu

Ali, anões espertos

ditam ordens

compram almas

promulgam decretos

assaltaram os céus

Houve a queda!

Ali, o poeta foi soterrado

por uma laje de concreto!



Ali, não há mais poesia

O horizonte é curto

O muro é cinza

Há um tal de pó branco

Há corpos cheios de tambores

vermelhos

Há dedos sujos

de grafite



Ali, de onde parti

silenciosa e irreconhecida

Ali, onde estive

Ousei

Separei a luz das trevas

em meio ao apocalipse!

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