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Poesias-->poema branco 51 -- 08/07/2007 - 18:31 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Temo retornar

à casa da infância

e nada mais encontrar

dos Tempos idos



Observar o mato alto

onde era caminho

e a virgindade das flores

de outrora, já tocadas

Ver as cicatrizes reparadoras

do jardim novo

quadrado inofensivo

mas de lembranças, destituído



Temo retornar

à casa da infância

e não encontrar uma criança

Nem sequer um retalho cutâneo

extraído à lâmina

secando ao sol



Temo! oh Deus, como temo!

Retornar à casa da infância

e não mais reconhecê-la

E perder o céu de estrelas

que contava com meu dedos,

ou o caderno de desenhos

riscados á lápis de cera

Temo! Não encontrar sequer

um pedacinho da borracha

de um balão que foi para o ar

numa noite alta e clara



Temo, oh Deus,

retornar à casa da infância

e nada mais encontrar

que já não esteja em mim,

costurado profunda e docemente,

imperceptível,

com fios absorvíveis



Temo descobrir-me

só de mim,

de mim, só,

e,

inexplicavelmente,

livre! Pó!



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