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Poesias-->à ferro -- 08/07/2007 - 18:26 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








Era criança ainda

quando desci as cavernas

Era tão pura. Tão menina.

Tão criança

Diante do demônio esperto

que com seu dedo verde,

apontou-me o peito: " poeta"

E eu gritei. Fugi, tentei.

Debati-me. Gritei. Uma vez.

Duas, três, tantas vezes, já não sei

E sigo gritando até hoje

E meu grito profundo

horrorizado abismo gruta

é a matéria escura

com que modelo o mundo

Absorvi o som

Sou poeta, desculpa-me

Um dia, quando criança

desci a caverna escura

Ah, alma aprisionada

Enferma cheia de barulho

de estranha música

que chocalha que se expulsa

Ah alma, vive enclausurada

entre as palavras

como o ôco

entre as cordas do violão

Eu sou o intervalo

entre tudo que escrevo

Eu sou o fórceps...a mão...

os dedos

que retiraram aquela criança

da primeira estrofe

à ferro
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