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Poesias-->poema branco 39 -- 08/07/2007 - 18:13 (maria da graça ferraz) |
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Porque amei os corpos enfermos,
feios, abandonados, infelizes
Amei suas dores, manchas,
cicatrizes, fragilidades
Amei-os com fúria e desespero!
E nenhum poeta do mundo
Pasmem, nenhum!
Foi capaz de amá-los
como eu os amei
Todos amaram e amam os pobres, os miseráveis,
porque estes gritam, "servem",
"votam", fazem protesto,
quebram, matam, ferem
Mas nenhum poeta do mundo
cantou os doentes inválidos
que só doam o acre hálito, a febre,
a face pálida, a marcha solitária
Mas eu os amei...em silêncio
Amei-os .É meu destino!
Com um amor maior que eu mesma
Amor que eu não sabia que tinha
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