LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->DOCE E AMARGO -- 20/06/2007 - 17:13 (Lourdinha Biagioni) |
|
|
| |
25 mil quilômetros quadrados
de floresta desaparecem por ano
Na Amazônia.
Lá longe, na China, a poluição já é areia
no céu e vôa para outras terras,
atravessam o rio Amarelo, o mar Amarelo...
passam pela Coréia...
e vão pelo mundo afora.
O homem batiza mares e rios,
e os perde para a ambição.
Giordano Bruno diria,
"Que ingenuidade a minha"...
Aqui em Minas tem o rio Doce
e Doce aqui também é nome de mineração
reunidos o direito de lavra,
poder e a maldição
que nos amarga.
Sondam, cavam, têm pressa.
Da janela do segundo andar,
antes pura paisagem,
agora feridas abertas
na montanha do Rola Moça:
Deixam os buracos a matar
o verde/cinza das serras.
Sinto um frio por dentro,
desde criança,
sempre tive medo (e náusea)
desse vento com cheiro de minério,
por isso enjoava na estrada
de Lafaiete para Belo Horizonte.
Me apavora que engulam todas as pedras,
como Chronos.
Acabem com as cercas-vivas,
cheguem até o quintal no fundo,
e, depois, vomitem dejetos e lama
onde construi minha casa.
no Retiro das Pedras.
Lourdinha Biagioni®
B.H. Retiro das Pedras,17h 04m,19 de junho de 2007. |
|