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Poesias-->Serafim, Boa Morte -- 02/02/2001 - 10:50 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Prá quero guardar sintomas

do meu passado

em gavetas enlacradas

que só dores retomam?

- Pergunto eu pro Serafim.

Chego prá lá e descubro

o que não quero ver, nem sentir,

nem ousar persistir.

Em retroagir o tempo

e trazer de volta

coisas que já morreram

de idade ou mal passada

na reta do tempo?

- Digo lá pro Serafim.

Quero morrer sossegado.

Em paz e regado

de muita pinga da roça

- aquela que até o bom -

entorta.

Quero morrer na paz

ao lado dela, se for capaz.

Não quero muita gente em volta.

Dá coceira só em pensar:

todo mundo de olho no

meu mundo parado,

alguns ou menos da

metade, ou meramente alguns,

de lenço nas mãos, olhando,

e uma e outra chorando?

- Digo eu pro Serafim.

Chora, senão fica mal,

todo mundo olhando prá

ela sem uma lágrima e tal?

Que amor era esse, sem fim?

Então chora um pouco,

com liberdade,

chora até gastar toda roupa.

Chora de bondade e piedade.

Porque pro meu mundo

já vou.

-Repito pro Serafim.

Vocês outros fiquem ai

comendo de bandeja

e tendo que vestir de

roupa todos os dias.

Eu, não, vou coroado

de bom exito e paz arredia.

Vou sozinho,

já bem atroz,

mas prometo que,

na próxima vez,

levo ela comigo,

prá me fazer carinho e

já sem inimigos,

dormir quieto e de branco

no colo dela, só pedindo:

paz e mais paz até que ranço passe

e eu vire um anjo no céu aberto

cheio de donzelas e arruelas.

As donzelas ficam por enquanto,

mas as arruelas jogem fora!

Aqui só fica eu e meu formidável

time de mulheres!

A morte...bem a morte,entra

na jogada, e a gente

vive nela bem assim.

E Serafim?

Bem Serafim espera o

próximo trem e

vai dormir enfim,

chupando caramelos!









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