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Poesias-->Prece à Rosa, Saudação à Primavera e Sonho de um Brasileiro -- 24/02/2000 - 19:11 (Wils de Alvarenga) |
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PRECE À ROSA
Bendita és entre as flores,
Por mãos divinas esculpidas,
De suave perfume e variadas cores,
A enfeitar lares e sagrados templos!...
Sobre os altares e pedestais,
Anunciando a presença divina,
Onde todos se ajoelham para orar
E contemplar tua beleza cristalina.
Ó rosa, cheia de graça e beleza,
Das flores és a rainha,
Obra-prima de Deus à natureza,
Para enfeitar lares e sagrados templos!...
Diante de ti viajo ao infinito,
À procura de um ser mais perfeito,
Sem encontrá-lo, volto e grito:
Ó Deus!... como és bela esta rosa!
Amém.
Bsb, 29/07/95
“Colibri”
SAUDAÇÃO À PRIMAVERA
Meu bom dia querida primavera,
Como estás bonitinha e perfumada!
Vê como a natureza já te espera,
Vê como canta alegre a passarada!
Tua vinda será comemorada
Com mil flores e festas de alegria...
Cantará pelas ruas a criançada
Como há tantos decênios não se ouvia.
É o prenúncio de uma nova era,
É a consciência de um povo renovada,
que na ansiedade de viver espera,
que a natureza seja preservada.
Vem, primavera, dá-nos nova vida!
Desperta em nós confiança no futuro
Que todos possam ter boa comida,
Água bem limpa e respirar ar puro.
Brasília, 21 de setembro de 1990.
“Colibri”
SONHO DE UM BRASILEIRO
Que país maravilhoso é o Brasil,
De Portugal a grandiosa herança
De um povo alegre, heróico e varonil,
Que jamais perderá a esperança.
A esperança de que um dia,
Possa acontecer o grande momento,
Como o seu povo sempre queria
Desde a época do seu descobrimento.
Viver nele é um renovado prazer.
O povo está sempre feliz.
Não há desonestidade, podes crer.
É o paraíso que eu sempre quis.
A natureza é sempre preservada.
Nossos rios e mares têm águas cristalinas,
Nossas matas e florestas não são queimadas,
Estão sempre verdes e floridas nossas colinas.
O “amigo” optou pelo social
E o povo ganha muito bem,
Não há fome e nenhum outro mal,
O país é rico e não deve a ninguém.
O povo respeita aposentados e aposentadas
E os trata com muito carinho.
Não há crianças abandonadas
E todos têm o seu ninho.
O Congresso trabalha incansavelmente,
Cerca de vinte e quatro horas por dia,
Em prol do povo que o elegeu, certamente,
E não tem nenhuma mordomia.
Senadores e Deputados são todos honestos
E não fazem quaisquer conchavos,
A não ser para ajudar o povo, atesto,
Do qual se dizem todos escravos.
A nossa justiça é um exemplo
De retidão, honradez e honestidade.
Julga os processos em pouco tempo
E deixa todos em liberdade.
Funcionários fantasmas aqui não tem.
São apenas o estritamente necessário.
Marajás, sabemos que não convém,
Mas todos ganham um bom salário.
Comissão nenhuma recebe, Ministro ou Ministra,
Para fazer qualquer importação.
Ninguém tem conta na Suíça
E todos trabalham em prol da Nação.
O país não tem poluição e nem inflação,
E o cruzado vale tanto quanto um dólar,
O povo, a fim de manter esta situação,
Para Presidente, votará com razão.
De repente acordei assustado
E não pude conter minha irritação.
Como ex-funcionário da CEB, aposentado,
Não tinha dinheiro sequer para o pão.
Foi apenas um belo sonho
Que todo brasileiro quer realizado.
Há quase 500 anos espera risonho,
E o sonho é sempre frustrado.
Agora, acordado, vejo a triste realidade,
Na Previdência, rato come gato, gato come cão.
Na disputa de um alto cargo, em verdade,
Vence aquele que é mais ladrão.
Dizem que o rombo da Previdência
Só tem um único culpado
Veja que, por mera coincidência,
Não é outro, senão o aposentado.
Este alienado da sorte
É um inútil à sociedade,
Pela fome condenado à morte,
À morte lenta e sem piedade.
Brasília, 14 de maio de 1989.
“COLIBRI”
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