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 | Poesias-->Soneto XXV -- 25/04/2007 - 09:35 (Tere Penhabe) |  |  |  |  |  |
 | Soneto XXV 
 Tere Penhabe
 
 
 
 Perdão Bocage... se clara fosse a cova
 
 seria festa, não seria um funeral
 
 de ultrajado se cobre o céu agora
 
 que vil tormento se tornou coisa banal.
 
 
 
 Sem justa causa, acusa em vão a tua musa
 
 que ela, por certo teve o merecimento
 
 se a tua sorte do destino foi reclusa
 
 que culpa a pobre tem do teu tormento?
 
 
 
 É mal que enleio, sem ratear o meu lamento
 
 e sorvo aos goles para não me sufocar
 
 mas não tento à mocidade retornar...
 
 
 
 Aretina não fui... oh céus, de certeza!
 
 Não partilhei, sequer um dia, tua acuidade
 
 e desde sempre, é minha crença, a eternidade!
 
 
 
 Santos, 09.04.2007
 
 www.amoremversoeprosa.com
 
 
 
 OBS: inspirado no "Soneto ditado na agonia", de Manuel Bocage, que me foi enviado pelo amigo Jorge Alberto R.M. Pinto, a quem agradeço o carinho.
 
 
 
 Soneto Ditado na Agonia
 
 
 
 Já Bocage não sou!... À cova escura
 
 Meu estro vai parar desfeito em vento...
 
 Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento
 
 Leve me torne sempre a terra dura.;
 
 
 
 Conheço agora já quão vã figura,
 
 Em prosa e verso fez meu louco intento:
 
 Musa!... Tivera algum merecimento
 
 Se um raio da razão seguisse pura.
 
 
 
 Eu me arrependo.;  a língua quase fria
 
 Brade em alto pregão à mocidade,
 
 Que atrás do som fantástico corria:
 
 
 
 Outro Aretino fui... a santidade
 
 Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
 
 Rasga meus versos, crê na eternidade!.
 
 
 
 Manuel Bocage
 
 
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