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 | Poesias-->Soneto XXI -- 25/04/2007 - 09:28 (Tere Penhabe) |  |  |  |  |  |
 | Soneto XXI 
 Tere Penhabe
 
 
 
 Dizes o que dizes, só me resta crer em ti
 
 mas hás de compreender, não é assim!
 
 Procuraste-me tanto?... porque fugiste?
 
 Porque me abandonaste à sorte íngreme?
 
 
 
 Que ávida, busquei teus olhos na multidão
 
 acalentei na alma, o enigma, a ilusão
 
 indecifrável enigma, é bom que se diga
 
 pois impaciente, devorou-me a esfinge!
 
 
 
 E agora vens, cobrar-me o que não tenho
 
 essa coragem, esse cruel desempenho
 
 de espalhar pranto, no rosto de alguém...
 
 
 
 Se me amas realmente, deixa-me estar
 
 até o fim, ao lado do meu amante, o mar
 
 feito de lágrimas sim, porém da lua...
 
 
 
 Santos, 05.04.2007
 
 www.amoremversoeprosa.com
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