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Poesias-->O Camafeu -- 18/04/2007 - 09:17 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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O camafeu
Guardo teus olhos qual camafeu.
Posso dizer que aqui os deixaste:
mudam de cor e arrombam a porta...
Como automóvel ou algo mais triste
ao atropelo trazem teu nome.
Eu acredito, fico na frente-
faço-me vítima desse acidente...
Quero guardá-los e os quero vivos.
São atrevidos e me cutucam
e vão à noite sempre ao meu lado.
Não me permitem outros enfeites:
parecem brincos, anéis, pingentes.
Doem na pele – sempre incrustados-
quero vendê-los, ou então...doá-los!
Mas não consigo : só eu os vejo.
Contraditória busco seu dono-
quem sabe abri-los, achar um mapa...
Quero vendê-los? Quero guardá-los?
Eu já nem sei: não valem pouco!
Valem a história do nosso encontro.
Vou pendurá-los no meu pescoço!
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