|     
				| LEGENDAS |  | ( 
					 * )- 
					Texto com Registro de Direito Autoral ) |  | ( 
					 ! )- 
					Texto com Comentários |      |   | 
	|
 | Poesias-->O amor .¬  você e eu -- 18/03/2007 - 01:45 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |  |  |  |  |  |
 | O amor.;  você  e  eu. 
 
 
 O amor é uma seqüência de erros.
 
 Um pulo no compasso paralelo
 
 saindo do circuito-
 
 entrando em pentagramas alheios.
 
 
 
 É como nadar na correnteza
 
 com a força em seu favor.
 
 Como abrir um baú desconhecido
 
 e encontrar as estrelas.
 
 
 
 O amor é cruel, desesperado
 
 porque enforca a esperança do infinito.
 
 Nega-nos durar para sempre
 
 porque afirma começar.
 
 
 
 E sabemos.
 
 
 
 Esperamos o seu fim alucinados.
 
 Agüentamos seu presente no trapézio,
 
 como loucos a voar.
 
 Como pássaros com frio desejando migrar.
 
 
 
 Aguardamos procurar a primavera.
 
 Ensaiamos um constante devaneio:
 
 porque ausente, o queremos.
 
 Porque presos, desdenhamos.
 
 
 
 Eu venero que chegaste a mim um dia.
 
 Ou fui eu, que cheguei naquela noite...
 
 Teu olhar abriu caminho como flecha,
 
 meus segredos (meu silêncio) devoraste.
 
 
 
 E fizemos desse espaço nosso encontro.
 
 Nos papéis de figurantes fomos uns-
 
 marionetes desvairadas - convencidas-
 
 que acreditam nessa coisa que é a vida.
 
 
 
 Mas passaste.
 
 E contigo tu levaste parte minha.
 
 
 
 Quero a chave e a promessa devolvidas:
 
 minha chave de ilusão , mesmo que falsa
 
 para andar por essa terra que roubaste.
 
 A promessa de um amor (nem sei se existe!)
 
 que convence belamente (e para sempre).
 
 
 
 Como o astro alucinante que inventaste!
 
 
 
 
 | 
 |