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Poesias-->ARIDEZ -- 03/03/2007 - 01:19 (Joel Pereira de Sá) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Hoje não tenho nada

Nem um marmitex

Nem um pau-de-arara

Nem uma cadeira-elétrica

Nem uma corda atada à perna

Para me asfixiar

Ou me fazer sentir a Terra

Eu a vejo estourando

Não pela mão de um garimpeiro

Ou pelo cinto de um muçulmano

Não é o cigarro ou a cocaína

O CO2 e as motocerras

Vejo a goela entupida do Velho Chico

As glândulas todas inchadas da Guanabara

Olha o Mestre Vitalino

Moldando mais um menino

Que jamais se tornará homem

O sol cáustico nordestino

O impedirá de crescer

Não vai estudar nem namorar

Não vai aprender o beabá

Maldito o modernismo

Que me fez jovem educado

Me fez um homem arrogante

Velho rude e abastado

Com esclerose e reumatismo

Buscar o quê no futuro?

As escóriads do passado?

Me cobrem até o pescoço

Daqui do fundo do poço

Nem o Te Deum do pontífice

É capaz de conduzir

Minh alma ao paraíso

Se Dante inda fosse vivo

Ia ao papa Dezesseis

_Reza por esta miséria

Manda chuva sobre a aridez.





JOEL DE SÁ
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