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| Poesias-->Atlanta -- 28/01/2001 - 09:27 (José Ernesto Kappel) |
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Três passos
e nenhum adiante.
Formas de andar pela vida
sem se atropelar
em memórias
ou escadarias
sem glória.
Forma de andar
sem olhar para trás,
não ver os escusos
e as abóbodas de luzes
que foram um arco
gigantesco na memória
de três passos e nenhuma argola.
É meio inglório, senhor,
se quer que o diga,
é inglório não ter mais
nada na vida do que andar
prá trás na fúria da memória:
ingrata e alada!
Não há tempo a
perder e existe ainda
algum tempo por lá.
Não há dias a desmerecer
se lá existem ainda
o carinho e o eternecer.
Falo de homem para
homem, prá quem quiser
lá escutar:
essa vida é de três rodas,
três mocinhos e mil bandidos
que assolam a memória da gente.
Prá viver bem, viva meio sozinho,
sem pérgulas ou olvísseros,
lá você se perde.
e prá achar é difícil:
é cheio de nódoas
e coroas de Bonfim.
Se quero morrer?
Mais ou menos!
Mais se morrer quero morrer
perto dela
- eles lá não esperam -
o pessoal que levou prá Atlanta
meu único amor de minha vida
E pode!? Estou eu sem acalanto!
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