Usina de Letras

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Os que além transitam da meta dos cinquenta

em geral nunca ficam sem acoitar a amargura

dolorosa e escura que de assombro desalenta

como ave agoirenta que anuncia a desventura

A alma toma a secura do vazio aberto em dor

onde fenece o fulgor e a força de acreditar

no futuro que a par da esperança sem primor

deslizam pró incolor que ninguém pode parar

Aqueles que provarem o frio cru do desgosto

Se cedo se libertarem da garra da depressão

recusando a solidão em heróico esquecimento

Podem avançar no tempo a reflorir por gosto

de rugas doces o rosto em franca consolação

com a feliz impressão de puro contentamento

António Torre da Guia

Som = Roberto Carlos em "Cavalgada"

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ffffff>Quem porventura se der à pachorra de contar as letras e os espaços entre palavras, verificará que cada verso se delimita exactamente em 43, o que significa assaz debruçada e longa matutação para ser possível harmonizar rimas interiores e exteriores, além da concepção do conteúdo sob a poética que este soneto emana, produzido em versos alexandrinos de 14 sílabas métricas.

993300>Índice Lincado dos Textos Concluídos

LP 000 - Livro de Poesia Dia a Dia

LP 001 - Poesia Lumiúnica

LP 002 - Além de toda a gente

LP 003 - Um Homem Honesto

LP 004 - Só tu e mais nenhum !

LP 005 - Cristo Hodierno

LP 006 - O Cristo de Minha Mãe

LP 007 - O Sésamo da Terceira Porta

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