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Poesias-->Coisas Esquisitas do Tempo -- 19/01/2001 - 10:03 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É com o passar dos dias

que a gente vê que as coisas

estão ficando cada vez mais

iguais.

Muda prá cá, muda prá lá,

conforme e disformes,

traça a roela,

e as coisas estão ai.

Impassíveis de se mudar.

Quer dizer, mudam as roupas,

os veículos endiabrados,

o rosto das mulheres resfolados

de baton e tintas florais,

mas mudar, não mudam não.

O pensamento avança um pouco:

o que se falava ontem

não se entende hoje.

Mas sempre foi assim:

nossa Idade Média está cada

vez mais próspera de mortes

e absurdos geniais.

Ganha quem corre mais,

quem é o mais bonito,

que de altura tem mais,

quem é diferente da gente.

Estes pensam que mudam,

mas quem muda é o passar

dos dias:

onde fica tudo igual às coisas

diferentes, mas que são iguais.

De rotina em rotina

a gente aprende que de tudo,

nada muda.

Há mil anos já era assim.

Amores iguais,

traições repetidas.

Daqui há uma centena de anos

eles vão pensar que estão

mudando, mas estão

fazendo do igual o

parecido.

E toda gente que é, já

deixou de ser,

mas vão surgir outros,

iguais, com roupas

diferentes.

Nisso tudo, no tempo igual

que me resta, só não quero

que mudem Maria, de que alenta

em cantos frugais

em meu coração.

Ela, não, ela é fruto da eternidade

E não vive em meras e

rotineiras

tempestades,ou em bares esfumaçados,

ela, soberba,

vive me ajudando por

mera piedade !

Como tudo é igual e diferente,

agora, como antes, era parecido.







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