LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Mãos Vazias (VIII e IX) -- 17/02/2000 - 16:43 (Itabajara Catta Preta) |
|
|
| |
VIII
"Vinha perto o murmúrio de uma fonte",
em manso e meigo ritmo cadente,
a saltar na cascata aclíveo monte,
descendo sobre as pedras, na corrente.
Algum gêniotalvez (que o mito conte!),
entre as fráguas, secreto, ocultamente,
na flauta ao seu passado se remonte
e algum amor perdido assim lamente,
chorando docemente erma saudade!...
"Mãos cheias" de ilusões da mocidade,
eu cantava, também, pelo sol posto.
Ao porvir, passo a passo, caminhava,
enquanto minh´alma, súplice, buscava
"TAMBÉM SE UNIR À VOZ DO MEU DESGOSTO."
---
IX
"Também se unir à voz do meu desgosto"
vinha a saudade da passada infância,
quando o fruto do empenho à vida aposto
não bastava a atender à ínfrene ânsia.
Então, a tudo achava-me disposto.
Queria ultrapassar tempo e distância
na conquista feliz do último posto
- prêmio da atividade e da constância!
Com as "mãos cheias" de luz sem sombra ou tisne,
como suave pluma de alvo cisne,
tocava o céu, num gesto ansioso e aflito.
Tateava a porta do celeste império
buscando conquistar o reino etéreo
"E, ENQUANTO NAS ALTURAS, O INFINITO".
------------------
|
|