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Poesias-->Mensalão -- 22/11/2006 - 21:31 (Mel Ribeiro) |
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Mensalão
Entrei na fila do mensalão.
Imediatamente surgiu um grandalhão
Exigindo-me identificação.
Apresentei-me, mas foi em vão.
O tal disse que eu não tinha direito
Entrariam, somente, políticos eleitos.
Tentei argumentar, mas nada feito.
Também, não fui com a cara do sujeito.
Apontou-me outra fila, enorme!
Cheguei cheia de prosa me sentindo a poderosa.
Caindo a ficha percebi que só havia gente furiosa.
E alguns combalidos trajando uniformes.
Sem entender onde estava apurei os ouvidos.
Descobri que ali só repassavam mensalinho.
Tão somente o salário mínimo, contadinho.
Meu Deus! O Brasil e eu falimos?
A confusão não terminara, não...
Havia a fila do malão.
Apresentei-me novamente e fui preterida.
Só entravam pessoas especiais portando credenciais.
Fiquei revoltada, fui embora a contragosto.
Saí dali arreliada, embaraçada.
Meti a mão no bolso, só encontrei carnê de imposto.
E o pior é que não achei um níquel pro almoço.
Mel Ribeiro
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