LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->CASA DA MÚSICA -- 13/11/2006 - 12:49 (João Ferreira) |
|
|
| |
CASA DA MÚSICA
Jan Muá
Porto, 11 de novembo de 2006
Levanta-se do chão
Esta casa
Alada pela fantasia
De arquitetos e engenheiros
Sonhadores de formas insólitas
É o parto futurista
De ousadias enormes
Buscando itinerâncias de navegação
Para viabilizar
E aninhar a onda crepitante do som
Há no sonho da casa
A força do betão
E do aço de sustentação
E ao lado a expressão de epopéia
Para o vidro no habilidoso jeito
De isolar potentes reinos ambientais
Sujeitos ao tirocínio de Apolo e de Dionísio
Nascem libertos e transfigurados
Territórios imprevisíveis de sonoridade
Que desdemonizam as portas infernais
E dulcificam as câmaras do paraíso
Volatiliza-se a cibernética
Na iniciação fantasiosa
Para a educação musical das crianças
Nos espaços virtuais do computador
Nas varandas epidérmicas da casa
Surgem placas serpenteantes de vidro
A tornarem imponentes os pisos do bar suspenso
Nas lojas da sala Guilhermina Suggia
As placas serpenteantes
Parecem fantasmas colados ao papel
Mas aqui são realidades utilitárias e estéticas
Fazendo parte de um projeto audaz
E futurista
Que brotou na avenida para libertar o espírito
No seio da selva urbana
Onde há mais necessidade de criar espaços
Para o conhecimento aberto.
Jan Muá
Porto
Casa da Música, 11 de nombro de 2006 |
|