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Poesias-->Aparências -- 10/11/2006 - 14:40 (Maria Augusta Camargo Schimidt) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Augusta Schimidt



Duas árvores plantadas

Pela mesma mão que semeou o chão

Beberam da mesma água

Cresceram na mesma terra



Uma de rara beleza

Frondosa e encorpada

Oferecia sombra apenas

A quem vinha pela estrada



A outra pobre coitada

Nanica e desfolhada

Para nada servia

Na beira da estrada



O tempo passa lento

Mas chegou a temporada

E a bela e frondosa árvore

Não deu nada.



Ao contrario a nanica

Abastada de jabuticabas

Era a alegria

De quem por ali passava.



Já não servindo pra nada

A bela árvore acabou sendo cortada

E a outra, a abastada,

Lá estava,

Esperando a nova florada.



Às vezes na vida

Não reconhecemos a utilidade da sombra

Cortamos a árvore errada

Mais tarde é que percebemos

A nossa visão errada

Aí então a gente chora

Por não poder fazer mais nada.



Campinas/20/10/2006

1.00h



http://geocities.yahoo.com.br/coletaneadosaber_05

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