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 | Poesias-->ANDANÇAS -- 25/10/2006 - 09:01 (Lílian Maial) |  |  |  |  |  |
 | ANDANÇAS 
 Lílian Maial
 
 
 
 
 
 Ando confusa de nuvens.
 
 Penso doces recheados de teias.
 
 Questiono a sanidade das manhãs.
 
 Quero a liberdade do ventre
 
 E a inconseqüência dos sonhos.
 
 
 
 Ando com o cansaço das árvores.
 
 Caminho passos de seqüela.
 
 Questiono a trajetória dos homens.
 
 Quero a paz do mato, o cheiro de hoje,
 
 E a premência das cidades.
 
 
 
 Ando irada com as mágoas todas.
 
 Relembro estações e trilhos.
 
 Questiono o vôo dos pássaros.
 
 Quero o grito travado
 
 E as lágrimas que evaporaram.
 
 
 
 Ando tanto, sem lugar ou tempo.
 
 Vejo-me finita e crédula.
 
 Questiono a imortalidade da espécie.
 
 Quero o gen, o vintém, qualquer esmola,
 
 E o tempo sonegado pela ilusão de felicidade.
 
 
 
 Ando, como sempre andei.
 
 Vaguei.
 
 Melhor andar, questionar, pensar,
 
 Do que querer.
 
 Melhor não ver, não saber, ignorar.
 
 Melhor andar.
 
 
 
 
 
 Lílian Maial
 
 24/10/06
 
 
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