MÃOS VAZIAS
coroa de sonetos
I
Meu destino de poeta cancioneiro
rebrilhou no esplendor da madrugada
e a estrela D´Alva, mágico luxeiro,
o meu berço banhou de luz sagrada.
No orvalho matinal, veio o primeiro
beijo de amor de inspiradora fada
que me infundiu o espírito troveiro
e de meu rumo demarcou a estrada.
Ao matinal fulgor do sol nascente,
os olhos descerrei, puro e inocente,
- avezinha no ninho ermo e oscilante.
"Mãos cheias" de esplendores da alvorada,
beijava-as, em carícia delicada,
"O INFINITO, NUM SOPRO DO HORIZONTE."
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